quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O futuro da filtelia (II)

O futuro da filatelia (II)
(A minha opinião)
 
 
Continuando o tema do futuro da filatelia em Portugal quero aqui deixar quatro pontos que para mim talvez tenham alguma importância para a falta de novos filatelistas entre eles os mais jovens, quero também deixar claro que o que escrevo é a minha opinião e nada mais, podendo esta estar desfocada da realidade por falta de novos dados ou por desconher alguns factos.
Ponto 1:
- A quase ausência de correspondencia que nos chega a casa com selos colados.
Hoje em dia são poucas as pessoas que escrevem uma carta à família ou aos amigos, pois existem formas mais rápidas de fazer chegar uma mensagem, mas mesmo esses poucos que ainda escrevem ao dirigirem-se a uma estação dos CTT, não estão preocupados se a sua carta ou postal leva um selo ou etiqueta nave, então o funcionário dos CTT lá coloca uma etiqueta nave pois será bem mais pratico e fácil para ele, do que colar um selo. Por outro lado ainda circula muita correspondência comercial, mas essa só uma percentagem muito reduzida chega com selos, como nos demonstra um estudo realizado pelo senhor Geada de Sousa intitulado "É possível coleccionar selos usados" e publicado na sua cronica semanal no Diário do Alentejo em que o autor do estudo nos diz de forma simplista "não é possível coleccionar selos usados".
Ora levado em conta que grande percentagem dos filatelistas iniciou a sua colecção juntando os selos da correspondência que chegava a casa dos pais ou dos familiares, diria que não vai ser assim que iram aparecer novos filatelistas.
Ponto 2
A quantidade de emissões que são lançadas pelos CTT anualmente e que tende a aumentar o custo de uma colecção.
Poderá também este facto levar a um desinteresse das pessoas e principalmente dos jovens, pois cada ano os CTT vão aumentando a quantidade de selos emitidos , olhando para o catalogo AFINSA vemos que nos últimos anos ouve um grande aumento de emissões, nos anos de 1930-1939 tivemos a emissão de 88 valores, nos anos de 1960-1969 214 valores já nos anos de 2000-2009 temos a emissão de 837 valores isto sem contabilizar os blocos ou as etiquetas, ora uma pessoa que queira iniciar a sua colecção nos dias de hoje só em selos teria de dispor de uma soma monetária razoável, imaginemos que também queria coleccionar FDC's, ou inteiros postais, já para não falar do material assessório da sua colecção como álbuns, organizadores etc, então teria que disponibilizar uma verba já bastante avultada, ora isto vem contrariar a politica de outros países como o Brasil que segundo o escritor fialtelico Carlos Ruller no seu livro "Como coleccionar selos" o Brasil que atá 1984 eram emitidos 60 selos por ano, a partir de 1985, porem as emissões foram reduzidas a um numero próximo de 30.
Não seria bom os responsáveis pela filatelia dos CTT também ponderarem sobre o numero de selos emitidos em Portugal?
Ponto 3
- Será a divulgação da filatelia em Portugal a mais correcta, principalmente junto dos mais jovens.
Tendo conhecimento que os responsáveis da filatelia reconhecem que atá há pouco tempo este problema não tinha tido a devida atenção, e trazendo o ano de 2006 alguns programas e iniciativas visando a promoção da filatelia junto dos mais jovens, com emissões destinadas aos mais jovens, visitas das escolas ás estações, oferta de inteiros postais para as crianças e jovens utilizarem, enviando correspondencia.
Mas será que estas iniciativas tiveram algum resultado?
Também tenho conhecimento de alguns projectos com sucesso como á o caso da Escola de Barrosela, o que me leva a crer que se a filatelia for devidamente divulgada trará os seus frutos.
Ponto 4
- Será que os jovens hoje em dia têm passatempos mais atractivos do que coleccionar selos?
Penso que sim como é o caso da Internet e dos jogos de consola, são considerados mais interessantes, pois é o que vejo pelo meu filho, mas também estes passatempos, como é o caso da Internet podem ser aproveitados para aproximar os jovens da filatelia.
Depois disto fica a pergunta, qual o futuro da filatelia em Portugal?
Não acredito que vá desaparecer na sua totalidade, são pois muitos anos de história da comunicação em Portugal, e julgo que embora sejam menos haverá sempre alguns interessados em continuar, a coleccionar e estudar selos.



terça-feira, 28 de agosto de 2012

ESTADOS UNIDOS

Estados Unidos
(Lisboa)
 

Carta circulada de Lisboa (Estados Unidos) para Beja em 25-05-2012
Pagou um porte de 1.85€ para correspondencia registo em mão de 20 a 50g
Franqueada com cinco selos emissão "Festas Tradicionais" N20g mais etiqueta nave 0.25€
Obliterado com a marca dia da EC Estados Unidos (Lisboa) 
 

C. DE PAIVA

C. DE PAIVA
 
(Frente)
 
 Carta circulada de C. de Paiva para Lisboa
Franqueada com um selo 25r. "D. Carlos I novas cores e valores"
Franquia para cartas até 20g ou fracção
Obliterado com a marca dia de C. de Piava tipo 1880 e datada de 10-Abr.-1908
 
(Verso)
 
No verso apresenta a marca dia de chegada a Lisboa a 17-4-1918
 

sábado, 25 de agosto de 2012

O futuro da filatelia (I)

 
O futuro da filatelia
(A minha opinião)
 
Li recentemente algumas notícias da assembleia geral da UPU (União Postal Universal) referentes a 2012, no blog "O Correio Mor", em que nos é dado a conhecer alguns números referentes á Filatelia e aos filatelistas, a nivel mundial, a qual transcrevo uma pequena parte.
 
"...A filatelia em 2012 representará cerca de 50 milhares de milhões de USD como negócio primário (dos operadores postais) em todo o mundo...aos quais temos de somar uns 40 milhares de milhões do mercado secundário (comerciantes). E o aumento de 2011 face a 2010 foi superior a 8% estimando-se que de 2011 para 2012 a subida será ainda importante, de perto de 7%...Parece que este aumento se deu sobretudo nos mercados emergentes, Ásia, América do sul...Na China uns impensáveis 100 000 novos filatelistas em cada ano!...No Japão ainda não se deu por quebras nas receitas desta actividade. No centro da Europa, com a Alemanha a dominar, o núcleo forte mantem-se, mas há cortes nas importações de selos de outros países. Nos países mais do sul está tudo a complicar-se."
 Ao ler este artigo publicado por o senhor Raul Moreira, dei comigo a pensar, principalmente, no que se refere ao numero de novos filatelistas que anualmente aparecem na China e levando em conta o numero de população entre países. Será que em Portugal é por causa da crise que a venda de selos se está a complicar e há um pequeno numero de pessoas a aparecer como novos filatelistas ou haverá outros factores, pois quando se fala com outros filatelistas e constantemente se ouvem frases, ou se lê frases do tipo.

- Estou em crer que muitos outros como eu, já desistiram de coleccionar a partir de determinada data seja em novos ou usados.
- Eu já fechei a torneira.
- Cromos disfarçados de selos
- Não pretendo ser profeta da desgraça mas isto é o principio do fim.

Ora isto são alguns exemplos do que se ouve e lê dos filatelistas mais velhos, eu próprio deixei de coleccionar selos novos e selos usados após 2010, sendo também verdade que haja algumas frases em sentido contrario mas em menor número, mas se isto é o sentimento dos mais velhos será que vão aparecer novos filatelistas ou filatelistas mais jovens, na minha modesta opinião será difícil.
Não sendo este um assunto novo, mas sim um assunto muito debatido e com muita reflexão entre os actuais filatelistas, cada um com a sua opinião, indo no final todas dar ao mesmo, quais os factores da falta de interesse dos jovens pela colecção de selos.
Quero então apontar os principais pontos quanto a mim que levam a esta falta de interesse dos jovens pela filatelia, mas isso será numa próxima mensagem.


domingo, 19 de agosto de 2012

Nossa Senhora da Conceição (Setúbal)

Nossa Senhora da Conceição
(Setúbal)


Carta circulada em correio azul da EC N.ª Senhora da Conceição (Setúbal) para Cuba em 11-08-2012

Franqueada com um selo emissão "Água" A20gr correspondente á taxa do 1.º escalão do serviço de correio azul nacional até 20gr