O futuro da filatelia (II)
(A minha opinião)
Ponto 1:
- A quase ausência de correspondencia que nos chega a casa com selos colados.
Hoje em dia são poucas as pessoas que escrevem uma carta à família ou aos amigos, pois existem formas mais rápidas de fazer chegar uma mensagem, mas mesmo esses poucos que ainda escrevem ao dirigirem-se a uma estação dos CTT, não estão preocupados se a sua carta ou postal leva um selo ou etiqueta nave, então o funcionário dos CTT lá coloca uma etiqueta nave pois será bem mais pratico e fácil para ele, do que colar um selo. Por outro lado ainda circula muita correspondência comercial, mas essa só uma percentagem muito reduzida chega com selos, como nos demonstra um estudo realizado pelo senhor Geada de Sousa intitulado "É possível coleccionar selos usados" e publicado na sua cronica semanal no Diário do Alentejo em que o autor do estudo nos diz de forma simplista "não é possível coleccionar selos usados".
Ora levado em conta que grande percentagem dos filatelistas iniciou a sua colecção juntando os selos da correspondência que chegava a casa dos pais ou dos familiares, diria que não vai ser assim que iram aparecer novos filatelistas.
Ponto 2
A quantidade de emissões que são lançadas pelos CTT anualmente e que tende a aumentar o custo de uma colecção.
Poderá também este facto levar a um desinteresse das pessoas e principalmente dos jovens, pois cada ano os CTT vão aumentando a quantidade de selos emitidos , olhando para o catalogo AFINSA vemos que nos últimos anos ouve um grande aumento de emissões, nos anos de 1930-1939 tivemos a emissão de 88 valores, nos anos de 1960-1969 214 valores já nos anos de 2000-2009 temos a emissão de 837 valores isto sem contabilizar os blocos ou as etiquetas, ora uma pessoa que queira iniciar a sua colecção nos dias de hoje só em selos teria de dispor de uma soma monetária razoável, imaginemos que também queria coleccionar FDC's, ou inteiros postais, já para não falar do material assessório da sua colecção como álbuns, organizadores etc, então teria que disponibilizar uma verba já bastante avultada, ora isto vem contrariar a politica de outros países como o Brasil que segundo o escritor fialtelico Carlos Ruller no seu livro "Como coleccionar selos" o Brasil que atá 1984 eram emitidos 60 selos por ano, a partir de 1985, porem as emissões foram reduzidas a um numero próximo de 30.
Não seria bom os responsáveis pela filatelia dos CTT também ponderarem sobre o numero de selos emitidos em Portugal?
Ponto 3
- Será a divulgação da filatelia em Portugal a mais correcta, principalmente junto dos mais jovens.
Tendo conhecimento que os responsáveis da filatelia reconhecem que atá há pouco tempo este problema não tinha tido a devida atenção, e trazendo o ano de 2006 alguns programas e iniciativas visando a promoção da filatelia junto dos mais jovens, com emissões destinadas aos mais jovens, visitas das escolas ás estações, oferta de inteiros postais para as crianças e jovens utilizarem, enviando correspondencia.
Mas será que estas iniciativas tiveram algum resultado?
Também tenho conhecimento de alguns projectos com sucesso como á o caso da Escola de Barrosela, o que me leva a crer que se a filatelia for devidamente divulgada trará os seus frutos.
Ponto 4
- Será que os jovens hoje em dia têm passatempos mais atractivos do que coleccionar selos?
Penso que sim como é o caso da Internet e dos jogos de consola, são considerados mais interessantes, pois é o que vejo pelo meu filho, mas também estes passatempos, como é o caso da Internet podem ser aproveitados para aproximar os jovens da filatelia.
Depois disto fica a pergunta, qual o futuro da filatelia em Portugal?
Não acredito que vá desaparecer na sua totalidade, são pois muitos anos de história da comunicação em Portugal, e julgo que embora sejam menos haverá sempre alguns interessados em continuar, a coleccionar e estudar selos.
Sem comentários:
Enviar um comentário